A casa gastou-se, como as outras coisas, acabou.
Visitei-a, demoradamente, em cada sala ecoava-as, as estórias, as palavras.
Qualquer coisa que resistia ao tempo, morava-a. Não sou de pensar, de ter deus,
de ser otimista. Mas quando cheguei de lá, mudei-me. Vesti, remocei-me, talvez
a memória não seja tão íntima, egoísta, talvez venha do espaço, do que não se
sabe nada, sim.
Constantino
Mendes Alves, 57 anos, Leiria
Desafio nº 98 –
fotog de P Teixeira Neves
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