O fogão era lembrado todo o dia. A
geladeira também e mesmo a máquina de lavar. Mas o ferro elétrico, não. Só
quando alguém tinha de caprichar na aparência para ir à igreja, a uma
festa, a uma entrevista. Ele foi-se sentindo cada vez mais abandonado.
Até que chegou o mês de dezembro e com
ele a agenda dos habitantes da casa lotou. Antes estava deprimido, agora
estressou-se. No réveillon, os três apareceram com as roupas amassadas.
Celina
Silva Pereira, 65 anos, Brasília, Brasil
Mais textos em www.viver-celina.blogspot.com
Desafio Escritiva nº 2 – greve na
cozinha
Sem comentários:
Enviar um comentário