A enfermeira ouviu um leve bater de dedos no
vidro. Olhou naquela direção, mas só o vazio da outra parede lhe correspondeu o
olhar. Continuou então a cuidar dos recém-nascidos.
Ali eram muitos, chegados antes das quarenta semanas
determinadas. Os pais, apreensivos, também os avós, eram os que sempre
alcançavam ansiosos a barreira transparente.
Tlim-tlim. Desta vez dirigiu-se à janela envidraçada, a tempo de
ver uma menininha, que se voltou. Com os olhos suplicantes, perguntava pelo
irmãozinho. Chamou-a.
Celina
Silva Pereira, 65 anos, Brasília, Brasil
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