Gostava de criar, de adicionar às palavras um significado
novo. Era um contador de histórias, num mundo recheado pelas equações da vida.
Pela sua voz multiplicavam-se suplícios de amores divididos pela partida de
alguém, diminuíam-se prazeres e adicionavam-se dores.
Dentro de si formavam-se teoremas, que ganhavam vida através de
operações desiguais, ordenando-se de modo arbitrário. Não havia padrão no que
construía, apenas procurava que cada parábola tornasse o perímetro da vida mais
rico e sem resto zero.
Quita Miguel, 56 anos, Cascais
Desafio RS nº 38 – a matemática dos dias
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