Era
provavelmente a milésima vez que chocava com a geometria daquela mesa de
vértices afiados. Multiplicaram-se os palavrões silenciosos. Continuou às
escuras, tentando subtrair o medo aos passos. Pensava que a probabilidade de
encontrá-lo àquela hora era ínfima, mas, claro, o temor não é diretamente
proporcional à razão e sabia que a paciência do predador era infinita.
Inclinou-se 45º graus, espreitou e sem calcular o resultado final desta
operação, acabou, mais uma vez, com a cara lambida.
Paula Cristina Pessanha Isidoro, 35 anos, Salamanca.
Desafio RS nº 38 – a matemática dos dias
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