Vejo-te ainda quase a desapareceres no fim da rua.
Parecia que todos os deuses do vento e da chuva se tinham reunido para a nossa
despedida. Não me lembro nunca mais de uma noite igual. Quando hoje tento
recordar-me do que então senti, perco-me numa espécie de neblina azul que me
conduz a espaços que nunca mais quis visitar. Como um sinal vermelho que me
proibisse de lá ir para jamais voltar a sofrer assim, por amor.
Paula
Coelho Pais, Lisboa, 55 anos
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