O
lápis resvalou e aninhou-se sob a mochila. Lúcia olhou mas não o encontrou. No
final, Edgar ainda perguntou de quem era, mas todos saíam e ninguém quis saber.
Como tinha desenhos natalícios, ia
guardá-lo para o irmão.
Ficou
anos numa gaveta, com papéis inúteis e esferográficas.
Um
dia, numa entrevista, Edgar levava o seu lápis da sorte. Quando entrou, o olhar
da secretária cristalizou-se no lápis, aturdida, presa num lapso de tempo, numa
sala de aula.
José
Jacinto Pereira Peres , 44 anos, Castro Verde
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
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