Lua Cheia
Eu, gata vadia,
acabei no gatil. Vida triste, sem alma.
Felizmente, fui adotada.
Que alegria a minha!… Um dia, no
lavatório do wc, olhei-me ao espelho… sobressaltei-me, quase caí! Não era a
cara que costumava ver nos espelhos de água dos charcos! “Uau… pelo macio,
lustroso… estava mesmo outra!…”
Deixei-me engordar ― quase
lontrinha ― para me tornar mais fofa e encher o coração dos meus donos.
O meu nome? Lua
Cheia… e vivo, agora, tontinha de tanta felicidade!
Domingos
Correia, 59 anos, Amarante
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