Que riso! Até fazia tremer o piso.
Soltava gargalhadas de peso, sentidas, sofridas, de alguém que
se sentira preso e respirava, agora, liberdade.
O futuro deixara de ser preto. Braços carinhosos o enlaçariam
e, na mesa, decerto que o aguardava o seu prato favorito, pato com
laranja, pois então. Que de frango, ou pito, como diziam na sua
aldeia, já estava farto.
E, de repente, soou o apito: o comboio para o futuro estava
prestes a partir!
Cristina Almeida, 57 anos, Maia
Escritiva nº 25 - palavras em sequência de mudança
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