20/11/17

Escritiva nº 26

Viajo com frequência, é um facto. Gosto de observar comportamentos humanos, é outro facto, e devo dizer que há série de coisas que, como se diria na minha terra, me “fazem espécie”, ou seja me deixam intrigada.
Uma delas é esta mania, que já se tem estendido no tempo e no espaço, de fazer filas nas portas de embarque imenso tempo antes de começar o embarque. E não me venham com a conversa de que não há lugares marcados porque é uma treta, as pessoas adoram fazer filas, tenham ou não lugares marcados. Parte boa? Agradeço ter gente organizada à minha volta, mas fico um bocadinho ansiosa porque desconfio sempre que sou eu que vou ficar sem lugar no avião ou coisa que o valha.
Outro “mistério da humanidade” é a técnica da “mochila como companheira de viagem”. Passo a explicar: há gente que, mal se senta, põe logo a mochila no lugar do lado, sendo que NUNCA vi ninguém comprar um bilhete para a sua mochila querida.
Ora quando eu tenho a veleidade de perguntar “Está ocupado?”, a cara é sempre de “Não vê que vou ter que pôr a minha mochila no chão? Como é capaz de fazer isso?”
Bom, de certeza que vocês também se encontram com estes e outros “mistérios da natureza humana”.

Eu partilho aqui um que não deixa de me surpreender:
Os auriculares inventaram-se para cada um ouvir a música que quer, mas há quem não os use como deve e insista em subir o volume partilhando o seu mau gosto com toda a gente. Por que é que só quem tem maus gostos musicais é que é assim generoso? Apelo aos amantes da boa música que saiam à rua, ponham o volume no máximo e deixem o bom gosto transbordar dos vossos auriculares para os nossos ouvidos.
Paula Cristina Pessanha Isidoro, 36 anos, Salamanca
Escritiva nº 26 – mistérios da natureza humana
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2 comentários:

  1. Adorei o tema e fizeste muito bem...Ótima abordagem! beijos, mandei o meu! chica

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    1. Pois, a Paula faz sempre textos fantásticos!
      Um grande beijinho

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