Viajo
com frequência, é um facto. Gosto de observar comportamentos humanos, é outro
facto, e devo dizer que há série de coisas que, como se diria na minha terra,
me “fazem espécie”, ou seja me deixam intrigada.
Uma
delas é esta mania, que já se tem estendido no tempo e no espaço, de fazer
filas nas portas de embarque imenso tempo antes de começar o embarque. E não me
venham com a conversa de que não há lugares marcados porque é uma treta, as
pessoas adoram fazer filas, tenham ou não lugares marcados. Parte boa? Agradeço
ter gente organizada à minha volta, mas fico um bocadinho ansiosa porque
desconfio sempre que sou eu que vou ficar sem lugar no avião ou coisa que o
valha.
Outro
“mistério da humanidade” é a técnica da “mochila como companheira de viagem”.
Passo a explicar: há gente que, mal se senta, põe logo a mochila no lugar do
lado, sendo que NUNCA vi ninguém comprar um bilhete para a sua mochila querida.
Ora
quando eu tenho a veleidade de perguntar “Está ocupado?”, a cara é sempre de
“Não vê que vou ter que pôr a minha mochila no chão? Como é capaz de fazer
isso?”
Bom,
de certeza que vocês também se encontram com estes e outros “mistérios da
natureza humana”.
Eu
partilho aqui um que não deixa de me surpreender:
Os
auriculares inventaram-se para cada um ouvir a música que quer, mas há quem não
os use como deve e insista em subir o volume partilhando o seu mau gosto com
toda a gente. Por que é que só quem tem maus gostos musicais é que é assim
generoso? Apelo aos amantes da boa música que saiam à rua, ponham o volume
no máximo e deixem o bom gosto transbordar dos vossos auriculares para os
nossos ouvidos.
Paula
Cristina Pessanha Isidoro, 36 anos,
Salamanca
Escritiva nº 26 – mistérios da natureza humanaOUVIR
Adorei o tema e fizeste muito bem...Ótima abordagem! beijos, mandei o meu! chica
ResponderEliminarPois, a Paula faz sempre textos fantásticos!
EliminarUm grande beijinho