05/12/17

Maria da Glória Ana Martins Vilbro dos Santos

Nunca mais vi algo tão belo como aquela tarde!... Todo o campo dourado era um oceano sem fim, aonde cada espiga falava sobre os segredos das ondas, e guardava consigo os murmúrios das marés. Estava calor. Era Verão. A aragem que soprava fazia aumentar a maravilha da seara que ondulava calma. Foi quando segurei hesitante a tua mão, e te pedi que ficasses. Foi quando sorrindo me disseste que tinhas a esperança de não precisares de partir.
Maria da Glória Ana Martins Vilbro dos Santos, 50 anos, Negrais, Almargem do Bispo – Sintra
Desafio nº 130 ― de espiga a esperança


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