Esperei por ele junto ao terminal rodoviário.
Quinze minutos. Guardava somente algumas memórias do nosso amor, todas elas
fugidias. Escapava-me o sentido de amá-lo tanto, recordando tão pouco, e,
talvez por isso, assombrava-me a ideia do reencontro. Dez minutos. Sentei-me e
analisei as hipóteses mais racionais: fingir-me alheia à chegada do autocarro e
esperar dele a primeira abordagem, ou dirigir-me a ele, forçando uma
falsificada descontração. Cinco minutos. Ou ir embora. Um minuto. Levantei-me e
fui embora.
Catarina Rosa, 19 anos, Portimão
Desafio nº 18 –
palavras proibidas: não
que mas pois como verbos: estar +
ser
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