Quando tudo se desmoronou, restaram-me as flores
silvestres. Dessas que surgem do nada sem precisarem de abrigo, mimos ou
atenções. Olho-de-mocho, trevo-estrelado, dente-de-leão... Aprendi-as contigo,
entre gargalhadas felizes e corridas campo fora, colhendo, observando. Sem
saberes, davas-me uma razão para continuar a existir, a sorrir. É de papoilas
sangue, as nossas preferidas, que se reveste a tua campa, rasa tal como as dos
milhões de jovens que tombaram, tal como tu, na batalha de La Lys.
Helena Rosinha, 65
anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 147 ― frase: o passeio…
Sem comentários:
Enviar um comentário