― Olha aquela varanda! Tantas flores!
― Linda. Lembra-me a tua com a sombra
das duas buganvílias entrelaçadas, flores roxas e vermelhas.
― Se me lembro! Refugiávamo-nos lá
quando fazíamos malandrices.
― No cantinho, atrás dos vasos com
alegrias da casa.
― Onde ficávamos montes de tempo a
rebentar as cápsulas das sementes. Aquele som, poc, poc…
― Ah, ah! E quando a tua mãe nos apanhou
a falar de namorados?
― Fomos a correr à Sé rezar para ela não
contar à minha…
Maria Loureiro, 63
anos, Lisboa
Escritiva nº 35 – varanda florida
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