Que atrapalhação! Impossível qualquer hesitação, primeiro recuei,
mas espicaçada pelo medo, desatei em grande correria,
seguida pelo urso, que nas quatro patas,
veloz, bárbaro, terminaria por me alcançar.
Eis quando um jaguar, oculto na
sua solidão de predador, alcança o rival e
finca-lhe os dentes na carne do pescoço, qual varejeira zangada.
À noite, na tenda, acendi a lamparina, enrolei
a manta como um xaile e procurei, mística,
um dedo, uma nota de milagre neste crime
falido.
Maria João, Faro
Desafio RS nº
47 – 23 palavras obrigatórias!
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