Tinha os olhos pequenos e um sorriso radioso. Paulo amava o que fazia:
apesar do frio, todos os dias se levantava cedo para deixar os sacos de pão
pendurados nas portas.
Ao chegar à porta dela, invariavelmente, levava mais tempo, escolhia um
saco e respirava fundo, depois em câmara lenta chegava à porta, demorava-se aí
uns segundos e a seguir partia.
Naquele dia, tinham combinado, ela ia esperá-lo. Chegou demasiado tarde. A
Sara não esperara por si.
Ana Silva, 45 anos, Nelas
Desafio nº 134 ― «Chegou demasiado tarde…»
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