Salpicava os olhos com os dedos.
Não podia adormecer. Nos ramos da árvore pousava o sono.
Os olhos queriam encostar-lhe a cabeça ao tronco.
Começou a contar carneiros, porque virou noites e manhãs
acordado com campos cheiinhos de carneiros.
Cada um tinha nome, cor e um sentido.
Ouviu um estalido. Deixou os carneiros agarrados ao tronco,
a cor do céu desaparecia, ele procurava os companheiros.
Tinha ficado de tocaia com medo da solidão.
Acabou por ser apanhado.
Cristina Isabel Santos, 43 anos, Lisboa
Desafio nº 115 – frase de
Valter Hugo Mãe
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