A casa da árvore conhecida
pela sua copa imponente,
sempre dava motivo a encontros com amigos. Na Páscoa com o velho Paco partilhava-se essa sombra, num farnel preparado por
Odete que deixava sobre a mesa. Panela de sopa, saco de pão, e
púcaro de vinho que não podia faltar. Ao entardecer, mesmo que o tempo
esfriasse colocaria a sua capa e rendidos ao
efeito do vinho, murmuravam palavras ocas, acabando sempre
por sucumbir à velha sesta.
Graça Pinto, 60 anos, Almada
Desafio nº 170
― letras de Páscoa
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