A casa, a vida de sempre,
arrastando-se. Que asco! Pendura a capa, atira
o saco do pão para cima da mesa da copa, uma
caneca tomba, no chão fica uma poça de café. Soa a
sirene da fábrica prá mudança de turno. Logo após, o seu homem
há-de vir para o “mata-bicho”, invariavelmente, sopa de cavalo
cansado; adormece de seguida, sem um olhar, um afago. Um caso perdido.
Amanhã cedo, ela volta à padaria do paço.
Regressará?
Helena Rosinha, 66 anos, Vila Franca
de Xira
Desafio nº 170
― letras de Páscoa
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