Nada que dura
Antigamente fui uma árvore sumptuosa e
fazia parte do grande pulmão verde da nossa terra. Fauna e flora viviam em
harmonia.
Nada
que dura. Um dia, fui abatido por gente sem escrúpulos. Embora ainda tivesse a
esperança falsa de efetuar uma segunda vida como mastro, baloiçando no
mar.
Nada
que dura, sob o manto de progresso, a mata tropical mudará em deserto, e eu, o toro
último do monte, fui consumido pelas chamas. Pois, nada que dura.
Theo
De Bakkere, 67 anos, Antuérpia, Bélgica
Desafio nº 184
― monólogo de lenha
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