Eu, lenha,
tenho imenso orgulho de ser.
Podeis
pensar, uma loucura. Ninguém liga a um pedaço de lenha.
Pensar
que, com lenha de damasco e cerejeira, se alimenta a chama do templo do fogo do
zoroastrismo, a primeira religião monoteísta ética da humanidade, no Irão há
1400 anos.
Pensar
que da lenha se faz o fogo, símbolo da purificação, mas a minha maior alegria é
que com um tronco de mim, aqueço quem mais precisam de calor.
Augusta Cabral, 77 anos, Campelos
Desafio nº 184
― monólogo de lenha
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