Sentia-se
desesperado. Sem forças. Pôs a cabeça entre as mãos. Os soluços
entrecortavam-se. Deixou as lágrimas correr livremente. Talvez elas
pudessem levar toda a sua tristeza para longe. Libertado desse peso
conseguiria retomar caminho? Aceitar a inevitabilidade da morte? Afinal, era
ainda um garoto... Que crueldade ter ficado sem o seu melhor amigo, o seu
companheiro de brincadeiras. Um acidente estúpido, explicara-lhe a mãe. A perda
doía tanto... A partir desse dia deixou de acreditar em Deus.
Elsa
Alves, 71 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 21 – a propósito de uma ilustração
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