Beatriz é alma em oferenda. Desde o berço que a conheço assim. Silenciava-se, dando paz à agitação dos outros. Aquietava-se sempre!
Um dia, fruto das suas reflexões, pensou que o silêncio simbolizava passividade. Mudou! Passou a falar, dando-se inteiramente. Não entenderam. Calavam-na, deturpavam a sua doação, entendiam reivindicação.
Quebrada, gritou. Talvez percebessem – aquilo que não imaginavam ser o abandono de si. Condenaram-na. Recatou-se!
Ocultando-se, é dádiva silenciosa.
Nem todos entendem esta mensagem: "Sou luz em oferenda, recebam-me."
Judite, 28 anos, Santarém
Desafio nº 208 ― fotog menino à janela
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