10/07/23

Desafio nº 278

(deixem os vossos textos nos comentários)

Eu escrevi assim:

Não tenho razões para sair. Nem medo de sair. Aprendi a pensar por mim, e não a ouvir outros pássaros, trazendo notícias deturpadas do ar. Fisgam-me como alvo. Serei o vosso alvo. Um alvo fácil, pensam, estou atrás das grades. Nem vos chamo de cobardes. É-me indiferente. Neste espaço, sou necessário. Há uma alma que perde o olhar em mim. Canto para ela uma canção diferente da que, cobardes!, a fechou em casa. Um dia, sairemos juntos.

Margarida Fonseca Santos

278 – Quadro de Alfredo Luz

8 comentários:

  1. Olá, querida amiga Margarida!
    Fiquei feliz em voltar por aqui.
    "Aprendi a pensar por mim, e não a ouvir outros pássaros,"
    Confesso que me serviu de mote para meu viver atual, tenho um misto de medo e outro tanto de saber voar sozinha, tive que aprender na marra.
    Adorei sua história.
    Gosto muito dos seus desafios e fiz o meu:

    https://www.idade-espiritual.com.br/2023/07/passaro-ferido.html

    Tenha dias abençoadaos!
    Beijinhos

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  2. Oi,Margarida!
    Bom que reabriste comentários desse nosso querido amigo blog!
    Linda tua história e fico pensando que tem humanos que vivem assim como o pássaro, com medo!
    Minha participação já levei pro teu INSTAGRAM, mas trago o link aqui:

    https://chicabrincadepoesia.blogspot.com/2023/07/medo.html

    beijos, tudo de bom,chica

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  3. Obrigada às duas - assim com link fica tudo interligado. Um abraço a cada

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  4. Saudades suas, Margarida!
    Deixo o primeiro desafio do Rui Lobo.
    A Matemática dos Dias:
    Desde que me casei, que a minha perspetiva da matemática mudou completamente. Tenho de desvendar os teoremas das nossas discussões, subtrair os problemas que elas me causam diariamente. Parece que a cada dia só se adicionam mais e mais obstáculos. Tenho de fazer a divisão entre ter razão e não a aborrecer mais. Com isto, tenho vindo a criar cada vez mais fórmulas para lidar melhor com ela, especialmente nos dias em que estiver aborrecida ao quadrado.
    Rui Lobo

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  5. A T E M P O S
    Estava para tomar banho quando descobri o ralo da banheira entupido. Pensei em ir de metro para contar o ocorrido ao canalizador. Fui para calçar a peúga e reparei no meu relógio partido. Cheguei à conclusão de que a minha vida estava uma ruína. E lá fui eu primeiro ao relojoeiro consertar o meu relógio. Cheguei lá, tendo apenas um doce para lhe pagar o serviço. E assim acabei eu por ser levado para a justiça portuguesa.

    Rui Lobo

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  6. Adorei este seu espaço, querida Margarida
    Amei a sua história!
    Lindo fimm de semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  7. Minha Participação:
    https://interagindocomosbichinhos.blogspot.com/2023/07/a-historia-de-pingo-em-77-palavras.html
    Beijinhos
    Verena

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  8. Minha perspetiva:
    Sinto-me aconchegado neste lugar. Pelo menos esta é a sensação que me conforta.
    Este manto protege-me do sol durante o dia, e do frio durante a noite. Mas será suficiente? Poderei sobreviver assim, sozinho? Preciso de companhia, conviver com outros, voar sem parar, descobrir os meus limites.
    E se os meus limites não passarem desta portinhola aberta? Olho e observo o instrumento que poderá pôr termo à minha existência. Imóvel, condiciona a minha vontade, a minha liberdade!

    cumps
    RR

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