Uma
distância mínima, entre a falésia e o fim. Um segundo. Um segundo transformado em
eternidades de saudade, de desperdício, de falta. Um instante só, a convocar a revolta
antes da dor, a separar o agora do que nunca devia ter sido. Um instantâneo,
não fotografado, impondo aquele segundo, impondo o irreversível. Fica a tua
música, Bernardo, ficam também as memórias de todos, ouvintes, colegas, amigos,
família. E tu, Bernardo, onde ficas? Esperamos que aceites ficar connosco.
Ilustração - Francisca Torres; Texto - Margarida Fonseca Santos
(a ilustração precedeu o texto)
A Isabel juntou-se a nós, enviando este magnífico texto:
Quantas palavras vale um grande homem?
Quarenta e um é um número pequenino. Para
Bernardo, é minúsculo. Os homens são todos iguais, apregoam alguns. Mas há
sempre uns maiores do que outros, sabemos todos nós, pensando nos que são
generosos na autenticidade e no talento. Quarenta e um é um número de anos
minúsculo para Bernardo Sassetti. Setenta e sete palavras parecem também
insuficientes para lhe prestar uma homenagem. Ou não. Talvez cheguem três: vais
fazer falta.
Isabel
Zambujal
Um beijo enorme, para ti, querida Margarida.
ResponderEliminarAh, tenho saudades tuas, miúda! Beijinhos grandes, com abraço incluído!
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