Estou na rua, amor,
com aquele vestido vermelho que
adoravas lembras-te? A chuva
disfarça as minhas lágrimas. Parece que foi ontem que aqui nesta rua, na porta deste café demos o
primeiro beijo. Trazias uma gravata azul.
Condizia com os teus olhos, lembravam duas lagoas onde mergulhei. Partiste... e
eu sou só um vulto vermelho, uma mancha de sangue do acidente que te tornou
parte do céu, do vento e da chuva em
que lavo a alma.
Flora
Rodrigues, 47 anos, Queluz
Autora do blog http://sopadeletras.blogs. sapo.pt/
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