Caminha pela rua
deserta, perdida, sem rumo. Apenas o vento,
ousado, interfere, sussurrando uma melodia impercetível.
Uma ténue chuva
pulveriza os cabelos soltos que esvoaçam na noite. Lágrimas desprendem-se de
uns olhos frios, humedecidos, rolando pelo rosto, preciosas gotas de orvalho.
No horizonte, uma luz vermelha.
De repente, um clarão irrompe no céu azul,
adensando o misticismo da noite.
A chuva
intensifica-se. Joana cai, inerte, na terra molhada, ferida de
amor.
Cai o pano. Aplausos, emoção. Luzes.
Joana Marmelo, 50 anos,
Cáceres, Espanha
Desafio Escritiva nº 3 – texto com: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua
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