Ao chegar, as portas soltaram as gentes apressadas para o seu destino.
Na plataforma, aguardavam outras tantas gentes a chegada que os levaria em
sentido inverso numa mistura de tons que se cruzavam como as cores na paleta do
pintor, esbatendo-se de gentes apressadas na pressa de chegar.
Ao aviso, fecham-se as portas. Correm gentes atrasadas que acabam por ficar
na consulta do inexorável tempo. Esboçam um desespero, a pressa deu em nada. O
atraso atrasa tudo.
Paulo Roma, 52 anos, Lisboa
Desafio Escritiva nº 5 – cruzar comboios
Sem comentários:
Enviar um comentário