Quem
sabe!
Sabes,
amigo, sinto-me como um condenado esperando no corredor da morte. E queria
tanto viajar! Quando era árvore, falava com o vento e gostava. Contudo, sempre
desejei correr mundo!… mas ainda tenho esperança! No inverno, nossos
companheiros sairão de cima de nós rumo à lareira… chegada a minha
vez, sendo eu pedaço de nogueira, quem sabe, alguém me transforme num belo
guarda-jóias para oferecer a uma dama famosa, viajante!… Talvez, com sorte, viaje
com ela… Quem sabe!...
Domingos
Correia, 61 anos, Amarante
Desafio nº 184
― monólogo de lenha
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