Gemeu quando a cortaram, mas os seus gemidos foram em vão. Ninguém a ouviu (ou ninguém a quis ouvir!). O destino estava traçado e, em breve, a árvore seria uma peça de mobiliário ou o chão de uma casa qualquer.
Então, ousou sonhar. Não queria que lhe matassem a alma e só haveria uma forma de continuar viva. Desenraizada da terra, desejou ser transformada num barco. Enraizar-se-ia no mar, viajaria, veria mundo e poderia continuar a sorrir.
Ana Paula Oliveira, 59 anos, S. João da Madeira
Desafio nº 213 – imagem de madeira
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