30/04/21

Ana Paula Oliveira – desafio RBE 2021

Pequeninas coisas que preenchem a alma.

Pedro era assíduo na Biblioteca Escolar. Agora a frequentar uma escola profissional, voltou à antiga escola para fazer o empréstimo de um DVD necessário para um trabalho. Que lhe recomendasse um livro, também!

Optou por um, o título seduziu-o. Quando o devolveu, deixou-me uma mensagem:

“Obrigado por me recomendar este livro, ele dá uma lição de vida às pessoas. Gostei tanto! É uma história triste, até chorei, mas faz bem chorar.”

Ana Paula Oliveira, 60 anos, S. João da Madeira

Desafio RBE 2021

Turma G do 5.º ano – desafio RS 50

Certo dia, um rapaz desobediente, o João, participou numa corrida. Foi desclassificado e ficou desiludido. O seu desânimo foi tão grande que procurou desaparecer. Entretanto, veio o adversário que lhe perguntou:

– Por que razão desobedeceste às regras da corrida? Empurraste-me… Fiquei desiludido.

O João pensou muito e achou que a sua atitude tinha sido desumana e tinha provocado uma grande desordem. Acabou por pedir desculpa.

– Estou desesperado com a minha atitude, mas estou disponível aqui para ajudar… 

Turma G do 5.º ano, Agrupamento de Escolas de Póvoa de Santa Iria, professora Sandra M. Fernandes  

Desafio RS nº 50 ― palavras com prefixo des

Turma E do 5.º ano – desafio RS 50

A Rosa mora em Roma.

Gosta de ver o açor

a sobrevoar a cidade

à procura do seu amor.

 

Um dia, conheceu um ator…

Naquela cidade,

é caro ter um amor

para a eternidade.

 

Foram ver o mar,

junto à orla,

avistaram uma orca

a nadar por ali fora.

 

Houve uma surpresa

O belo ator

Como prova do seu amor

Ofereceu-lhe uma rosa.

 

Apanharam um barco

À hora marcada

Chegaram à vila de Mora

Sem mais demora.

Turma E do 5.º ano, Agrupamento de Escolas de Póvoa de Santa Iria, professora Sandra M. Fernandes

Desafio nº 132 ― AOR + 1

Maria João Cortês – desafio 228

Bonito rapaz o Nuno, mas com a cabeça sem nada dentro. Esforçava-se sobretudo, porque o irmão era o oposto. Gordo, anafado até parecia que estava sempre sem nada dentro

Por isso enquanto Nuno era elegante, mas sem nada dentro da cabeça, o irmão era inteligente, mas com uma barriga que começava no pescoço. Sentia-se sempre vazio sem nada dentro

Fizeram então um acordo. Nuno recomeçaria a estudar e o irmão não teria nada em casa que engordasse. 

Maria João Cortês, 78 anos, Lisboa

Desafio nº 228 – «sem nada dentro»

Desafio RBE 2021

No fim deste mês dedicado à leitura, este desafio é dedicado aos professores bibliotecários, aos alunos, aos que trabalham e vivem nas bibliotecas das nossas escolas. Um desafio-homenagem, para quem tanto faz pela leitura e pela escrita todos os dias.

 

Comemorem connosco, aceitem o desafio que será:

«Fazer a diferença na biblioteca escolar!»

 

Sigam o blogue: Blogue RBE (mec.pt)


Deixamos o nosso, o Re-Word-It estará sempre com as bibliotecas escolares:

Era só um dia como os outros, mais um dia em que ninguém notaria a sua presença. Sentia-se sozinha, rodeada de pessoas. Com receio, espreitou a biblioteca. A professora bibliotecária desafiou-a a entrar no mundo dos livros. Juntas, encontraram o seu gosto de leitora, reconstruíram o seu mundo. Deixou de ser uma sombra. Encontrou, lendo, o mundo dos outros. Hoje, na biblioteca e cúmplice da professora bibliotecária, partilha os livros que poderão abrir o mundo aos colegas.

Equipa Re-Word-It

Desafio RBE 2021


29/04/21

Elsa Aves – desafio 231

Cada vez mais grossas, as lágrimas aumentaram o caudal e o leito, sem margens, alargou-se. Comportas férreas suportaram toda essa força e nivelaram a corrente de palavras por abrir. Mas, a barragem acabou por ceder. Em cascata, soltou-se o ritmo da queda das águas. Líquido cheio de negrume. Por fim, veio a calma e o rio passou a ser um espelho. Talvez lhe fosse, então, permitido, flutuar. Impulsão não tinha mas, mesmo assim, a algum lado havia de ir desaguar.

Elsa Aves, 72 anos, Vila Franca de Xira

Desafio nº 231 – fotografia como inspiração

Roseane Ferreira – desafio 232

Acelerou o coração. Eram tantas emoções, nem respirava.  

O despertador alertou!

Hora de sair. Leria ou sairia? Escolhera ler, mesmo cansado, um pouco lerdo, preferira se ater a obra "O amor nos tempos de cólera", muitíssimo envolvente.

Atrasaria minutos, faltavam poucas páginas.  Releria a obra, valeria a pena!

'Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos

suportar o passado" (citação da obra).

Roseane Ferreira, 58 anos, Macapá, AP, Amazônia, Brasil

Desafio nº 232 – 8 vezes LER

28/04/21

Roseane Ferreira – desafio 231

A paz invadiu o meu coração, assim disse o poeta e músico Gilberto Gil. Paz respiramos aqui, então me transporto para um dos barcos, e de lá vejo a calmaria, a que busco para dentro de mim. Como ansiei por esse momento. Voltar-me para dentro de mim, e ao mesmo tempo, ser paz, ser livre. Miro no espelho das águas e confirmo, que a pior prisão a qual nós submetemos é aquela que encarcera nossos sentimentos.

Roseane Ferreira, 58 anos, Macapá, AP, Brasil

Desafio nº 231 – fotografia como inspiração

27/04/21

Helena Rosinha – desafio 240

Não era para se gabar, mas era uma bela mulher. Dizia e demonstrava-o a cada instante. Exibia o melhor sorriso, escolhia as melhores poses, roupas, carteiras sofisticadas. Era maravilhosa. Mas (há sempre um mas), quanto a calçado… Caramba! A vida caía-lhe aos pés todos os dias. Impossível ocultar o que era feio de raiz. Vã a arte dos mais afamados mestres sapateiros. Ignorar? Como, se estavam ali debaixo dos olhos? Que desespero, que deslustre no seu encanto!

Helena Rosinha, 68 anos, VFX

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Isabel Lopo – desafio 240

Sempre quisera manter intacta a capacidade de olhar o mundo, de respirar a força que lhe vinha da terra...
Sempre quisera desorientar o destino, finta-lo, seguindo por outro caminho..
Sempre quisera partir para a aventura, para a liberdade, mesmo sabendo do seu inexistir...
Sempre quisera ser dona de si própria não olhando a meios...
Sempre tivera tantos sonhos para afinal se ter deixado prender naquele casamento por interesse..
Agora era tarde demais, a vida caía-lhe aos pés.

Isabel Lopo, Lisboa

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

26/04/21

Helena F – desafio PNL semana da leitura 2021

Os livros contam HISTÓRIAS. Às vezes são de ROMANCE, aventuras, drama, teatro e muitos mais! Os AUTORES, artistas que usam papéis e lápis, têm de passar a EMOÇÃO das personagens aos LEITORES. A emoção chega a ser tanta, que se acaba por chorar! Como leitora, eu tento sempre ler livros de diferentes temas, mas os meus livros preferidos são os de romance e aventura. Adoro ler livros, acho que todos os escritores são incríveis e muito talentosos!

Helena F, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Eva S – desafio PNL semana da leitura 2021

Era a semana da leitura, uma semana muito importante para os leitores, escritores, professores, para todas as pessoas que gostam de ler.

Nessa semana já fizéramos muitas atividades: nas aulas, na biblioteca, no recreio... E via-se muita gente com um livro na mão! E na aula ouço o professor a dizer: quando lemos é como se entrássemos na história e nos esquecêssemos de tudo à nossa volta.

Para mim ler é especial como um presente de Natal.

Eva S, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Marta D – desafio PNL semana da leitura 2021

Para mim sonhar

É acreditar

Que se nós quisermos

O podemos realizar.

 

Para mim um livro

É especial

Tal como um presente de Natal.

 

Para mim imaginação

É uma nuvem

Na palma da mão

De uma certa história

Que me dá inspiração.

 

Para mim uma música

Serve para ouvir, dançar e cantar.

Mas uma leitura

Serve para a criatividade aumentar

E uma pessoa encantar.

 

Para mim liberdade

É como pássaros a voar.

Para mim verdade

É honestidade.

Marta D, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Rafael S – desafio PNL semana da leitura 2021

Normalmente quando me falam em leitura tenho vários pensamentos.

Dependendo do que vou ler, acho que o livro vai ter montes e montes de palavras, muita ortografia. Mas nem tudo é bom e depois penso que vou perder muito tempo ou a ler ou a escolher.

Mas, para perder menos tempo a escolher, vejo a capa e o título que chamam mais a minha atenção.

E muitas vezes não me arrependo por escolher os livros dessa maneira.

Rafael S, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Mafalda S – desafio PNL semana da leitura 2021

Numa biblioteca, li dois livros com muitas páginas: “O Monstro que Come Histórias” e “Mochila, lê livros!”. Gostei mais do “Monstro que come histórias” porque consegui compreender todas as palavras. Embora tenha sido um bocado estranho, adorei-o. No final do livro vi que se terminássemos de o ler começaríamos a ver o monstro. Ele estava a assustar-me, pensava que me queria comer pois eu já tinha lido bastantes histórias

Com o tempo compreendemo-nos e ficamos melhores amigos.

Mafalda S, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

João O – desafio PNL semana da leitura 2021

Eu gosto muito de ler.

Para conseguir ler bem um livro eu preciso de estar tranquiloconcentrado e em silêncio. Também sabe bem quando estamos sozinhos.

Na minha opinião ler é muito importante porque conseguimos aprender novas palavras e entender novas línguas.

Também é um excelente passatempo para os meus tempos livres e todos os livros que li até hoje achei interessantes e gostei.

Para mim ler é uma coisa revelante, interessante e conveniente para a vida.

João O, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Gil O – desafio PNL semana da leitura 2021

Numa certa manhã, um menino chamado Gil, pensou em ler um livro que lhe trazia animação e divertimento. O livro que ele escolheu chama-se “Uma Aventura”. Ele escolheu este livro porque no dia anterior tinha visto os episódios e ficou muito emocionado por ler os livros. Concluiu o Gil que ler é um entretenimento muito engraçado e que ler não é um desperdício de tempo, aliás com os livros resumidos bem melhor em silêncio, aprendemos novas palavras.

Gil O, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio PNL – Semana da Leitura 2021

Elsa Alves – desafio 217

Luigi é um estudante italiano a fazer uma pós-graduação na Universidade de Lisboa. O rapaz está totalmente perdido de amor por uma alfacinha que não lhe liga nenhuma. Ele tenta, amorosamente, demonstrar-lhe a pureza dos seus sentimentos, mas ela não os retribui. Ele não desiste. Primeiro ofereceu-lhe um pequeno ramo de violetas perfumadas. Ela recusou-o. Depois deu-lhe uma bela rosa vermelha. Ela desfolhou-a. Luigi vai ter de esperar que Cupido faça um milagre com a sua seta...

Elsa Alves, 72 anos, Vila Franca de Xira

Desafio nº 217 – batalhando letras

24/04/21

Isabel Ropio – desafio 239

A Vida caía-lhe aos pés todos os dias em que a chuva ameaçava cair, lá do alto dos céus carregados de cinza prata e algodão doce.

Amedrontava-a a chuva, os ventos e as trovoadas dos finais de Abril. Não conhecia a beleza, tantas vezes declarada, da Primavera.

Para Madalena era um tempo violento, de fenómenos inusitados e cruéis, de variações e euforias desgastantes. Nunca conseguia prever se o coração lhe ia saltar do peito a cada Primavera.
Isabel Ropio 

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Maria T – desafio 239

Olá, eu sou a Fox, sou uma raposa. Aquele é o meu amigo Luki, todos os dias a vida caía-lhe aos pés. Eu tentava ajudar a ele sentir-se melhor, mais alegre, mais eu também, para dizer a verdade. A sério, não sei o que fazer da vida, será que devo ajudar ou devo ignorar? Pois, muitas questões mas, como boa amiga, devo amparar! Mas como? Perguntas sem respostas… Acho que tenho uma ideia que o vai animar!

Maria T, 12 anos (6º ano), Coimbra

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Sofia Sobral Ramos – desafio 240

Andava de forma tartaruga, lenta, tudo já lhe pesava. Mas era um desconforto que trazia alegria. Naquele dia acordou bem cedo e foi presenteada com o nascer do sol. Uma aurora bela, de cores salmão, coral e pinceladas de dourado, que fugiam por entre nuvens. Por vezes também ansiava fugir, a vida que gerava era vista como um fardo por alguns. Para ela seria luz e amor. Sentiu dor. Literalmente, naquele momento, a vida caía-lhe aos pés!

Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Maria T – desafio 239

Era uma vez uma menina que se chamava Cinderela. Quando acordava mais parecia a gata borralheira, despenteada. Certo dia, as suas amigas convidaram-na para uma festa na piscina. O que ela mais queria era mostrar que nadava muito bem como a Ariel. Quando as amigas a viram a nadar estavam quase a dormir para todo sempre de tão admiradas, mal podiam acreditar. Quando ela viu que tinham gostado começou logo a cantar como a Branca de Neve.

Maria T, 12 anos (6º ano), Coimbra

Desafio nº 239 – referências a livros infantis

Sofia Sobral Ramos – desafio 239

Alice encolheu de vergonha. Parecia uma gata borralheira, vestido rasgado, todo empapado. Ao chegar à escola, acertou-lhe uma bola, caiu numa possa de lama e escorregou mais uma e outra vez. Um, dois, três porquinhos, a chapinhar, resolverem a ir salvar. Alice só queria dormir para todo o sempre. Estava ali toda a gente! A escola inteira a rir, ela só desejava mesmo fugir. A fada madrinha apareceu! A bola virou carruagem e puf, foi de viagem!

Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra

Desafio nº 239 – referências a livros infantis

Fernanda Malhão – desafio 240

Ficava muito feliz quando lhe propunham fazer algo diferente, ter mais responsabilidades, fazer aquilo que há anos preparar-se com tanta dedicação.  Mas depois ficava a remoer, a arranjar mil desculpas para si própria, a pensar que não estaria à altura, que não era assim tão boa, que ainda não era uma profissional. Então, sentia que a vida caía-lhe aos pés, como se estes estivessem cimentados, incapazes de sair daquela inércia causada pela falta de autoestima e confiança.

Fernanda Malhão, 45 anos, Gondomar 

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

23/04/21

Toninho – desafio 240

Com tudo que é gente torta, Adalgisa convivia e sabia das histórias. Vivia no submundo sob marquises. Noites infindáveis com o cachimbo sugador de mente.

Numa noite tenebrosa abaixo de zero graus, sentiu que a vida caía-lhe aos pés. Junta últimas forças da consciência, buscando o centro de recuperação. Lá conheceu Anselmo, apoio fundamental na libertação definitiva das drogas.

Então liberados, voltam casados para a cidade, com a missão de resgatar vidas perdidas. E assim se fez.

Toninho, 65, anos, Salvador-Bahia-Brasil

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Publicado aqui: mineirinho-passaredo.blogspot

Natalina Marques – desafio 240

Fazia anos que o procurava.

Já esquecera de os contar,

a memória falhava,

mas não deixou de o amar.

 

A vida, seguiu seu curso,

no seu ritmo normal

guardando no coração,

doces lembranças,

daquela noite de luar.

 

O tempo, passou audaz

em conformada alegria,

sonhos ficaram para trás,

sem saber se os realizaria.

 

Que sonhos tinha agora?

O tempo, ao fim chegara,

correr mundo de lés a lés,

encontrá-lo sem demora,

porque a vida caía-lhe aos pés.

Natalina Marques, 62 anos, Palmela

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

22/04/21

Verena Niederberger – desafio 240

A vida caía-lhe aos pés quando soube que teria que ser internada.

Entrou em desespero quando disseram que seria entubada.

Estava grávida e o parto foi feito às pressas.

Sob efeito de sedativos, não viu os dias passarem.

Após ficar alguns dias na UTI,

finalmente, acordou e quando soube que dera à luz a uma linda menina chorou emocionada.

A pequena Vitória a fez esquecer todo sofrimento.

Concedeu força e coragem para recomeçar uma nova vida.

Verena Niederberger, 70 anos, Rio de Janeiro, Brasil

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

21/04/21

Marina Cestari

A vida caía-lhe aos pés todos os dias. Amargurado pelo tédio da rotina, acordava com uma sensação de vazio e impotência perante a situação atual. Teletrabalho, filhos, casa... teletrabalho, casa... Parecia que o "eu" deixara de existir. Agora era apenas um ser preso no tempo, dentro de um espaço limitado. Parou. Fechou os olhos. Respirou profundamente. Nesse minúsculo instante compreendeu que um AMOR profundo o habitava. Valia a pena viver esse tempo. Nesse espaço. Viver o presente.

Marina Cestari, 37 anos, Oeiras

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Celeste – desafio 240

A vida caía-lhe aos pés todos os dias, aqui e ali, em cada passo, cada momento.

Melhor dizendo, tropeçava em vidas.  Umas vezes mistério, outras epifania, discreta pétala ou inesperada moeda, beleza natural ou obra humana, eram pedaços de alheio vindos ao seu encontro.

Quanto mais a vida avançava, mais reparava nestes acasos. Começou a dedicar-lhes as pequenas paragens dos passos adiante. Detinha-se, observava, flexionava ligeiramente os joelhos, estendia o braço, agarrava. 

Vida agora sua, levantada, literalmente.

Celeste, 60 anos, Santarém

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Carla Silva – desafio 219

Apólita a defronta

Às vezes até ela ficava meio tonta com tanta conversa. Sentia ser uma afronta para Juvenal que se mudara para Ponta Delgada fazia anos.

Mesmo fazendo de conta que não ouviam, nada calava o "aponta" isto e aquilo que Apólita a confronta da terra.

Pobre Juvenal... Apólita não desmonta das suas suposições sobre ele. Até amedronta qualquer um saber-se em tais bocas!

Pronta para recordar tudo, até o que remonta aos primórdios. Assim é Apólita a defronta.

Carla Silva, 47 anos, Barbacena Elvas

Desafio nº 219 – terminações eito, onta, ite

Leonor e Maria – desafio 240

A vida caía-lhe aos pés todos os dias, era assim que acordava João. João tinha uma quinta com animais que ele adorava e a quem dava comida.

João acordou e viu a sua vaca morta e disse:

– A vida caía-lhe aos pés todos os dias.

Quando João desceu as escadas contou para os pais, os pais ficaram pasmados, foram então vela estava mesmo mal e levaram-lhe para outro sítio. A vida caia-lhe aos pés todos os dias.

Leonor e Maria, 5º e 6º, Escola Hermenegildo de Capelo, prof Maria João Gaio

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Rosélia Bezerra – desafio 240

A vida caía-lhe aos pés, seu mundo azul ruiu em fragmentos incontáveis. De lá para cá, pedras sobre pedras tentavam minar sua esperança e alegria de viver.

Uma força misteriosa criara um éden em seu ser.

Algo maior do que cria existir dentro do seu ser petrificado pela imensa dor.

Seu coração, pouco a pouco ia se transformando em flor. Era emocionante o RENASCER.

Redentora maneira perfumada de aliviar calcificação em suas mais lindas e puras emoções.

Deus a floriu.

Rosélia Bezerra, 65 anos, ES, Brasil

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Chica – desafio 240

Seu quarto era cinza, sempre fechado.
Janelas pareciam emperradas,
cheiro de mofo chegando das paredes desbotadas.


Há anos só deitada naquela cama ou,
quando muito, podia sentar
numa velha cadeira de rodas.

A vida caía-lhe aos pés e,
após um tombo, como seu velho parceiro,
radinho de pilhas, também se calara.

 

Restava a TV por onde através das lindas cenas
de sua Alemanha, viajava na pouca
imaginação que lhe restara.


Pelo menos isso ainda alegrava sua vida.

Chica, 70 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Publicado aqui: ♥ Chica brinca de poesia ?♥: ♥ Restara pouco...♥

20/04/21

Lica – desafio 240

“A vida caía-lhe aos pés” da sua vida estagnada.

É a alma que nos dá vida (anima), e quando a alma nos cai aos pés, é o fim da vida que conhecemos. Muitas vezes há vidas que como não souberam ser vividas, vão escorregando or elas abaixo até chegarem aos pés, e somem-se pela terra dentro.

É tão triste e desesperante escoarem-se assim, sem ter valido a pena, sem terem deixado uma marca, uma saudade, uma memória…

Lica, 81 anos, Lisboa

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

Desafio nº 240

Em 77 palavras, vamos um texto onde esta frase 

«A vida caía-lhe aos pés» 

apareça no início, no meio ou no fim. 

 

O meu ficou assim:

A cara deslavada, quase hirta, franziu-se finalmente num esgar amarrotado. Era demasiado cedo. Estava demasiado frio. As olheiras encovadas daquele constante mal dormir, tinham uma tonalidade azulada. Sim, a vida caía-lhe aos pés todos os dias. Como as pálpebras, que teimavam em não abrir. Puxou-as para cima, preguiçosas, e viu-se ao espelho, por fim, contabilizando as feridas do seu corpo cansado através do olhar. Depois, a reboque das memórias, vieram as lágrimas. Quanto mais tempo iria sobreviver?

Rosário P. Ribeiro, 64 anos, Lisboa

Desafio nº 240 – a vida caía-lhe aos pés

19/04/21

Martim e Mariana – desafio 23

Vários amigos do Rui fizeram-lhe uma surpresa, no meio da  festa um leitão apareceu e começou a saltar e a pinchar até dar com o rabo na rolha. O Rui foi atrás dela depois de a apanhar ele foi para casa comer do almofariz. Depois foi dormir até o despertador tocar. Levantou-se e foi comer o pequeno-almoço de seguida foi brincar com a sua bola de ténis. Pegou na sua vespa e no papel e lá foi.

Martim e Mariana, 3º ano EB nº2 Lordelo, Paredes, prof Alexandra Pinho

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel

Rodrigo, Inês e Mafalda – desafio 23

Era uma vez um Leitão muito comilão, nunca tapava a garrafa com a rolha. Ele esmagou no almofariz a palha até que o despertador tocou às 13:00. Depois foi buscar a comida, enquanto brincava com a bola de ténis uma vespa picou-o e começou a gritar! Assustado correu para um hospital, mas deixou um papel de aviso: "A brincar a brincar fui parar a um hospital!"  Que tontinho, tão doidinho este leitão que ficou ligado aos tubinhos...

Rodrigo, Inês e Mafalda, 3º ano, EB nº2 Lordelo, Paredes, prof Alexandra Pinho

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel

Isabel Lopo – desafio 239

“Só se vê bem com o coração”, disse o PRINCIPEZINHO. Por isso, na noite do baile, o príncipe apaixonou-se por CINDERELA, desprezando todas as princesas ricas que ali estavam.
Na NOITE DE NATAL, Joana, a menina rica, escolheu como amigo o rapaz pobre, pois foi por ele que o seu coração bateu.
A MADRASTA MÁ não tinha coração e só queria ouvir do espelho aquilo que lhe agradava.
As histórias infantis estão cheias de palavras de sabedoria.
Isabel Lopo, Lisboa

Desafio nº 239 – referências a livros infantis

15/04/21

Carla Silva – desafio 221

Desencontros

Apesar da chuva reconheci-te do outro lado da passadeira. A tua mão segurava outra mais pequena. 

Seria teu filho? Terias casado? Acaso me esqueceste enquanto eu continuava vivendo de sonhos que adiava constantemente?

Alguma vez te perguntaste porque não voltei? Passara tanto tempo...

O teu olhar perdera o brilho, estava mais frio. Notei isso quando nossos olhos se cruzaram brevemente. 

Nesse instante desejei gritar o teu nome. 

Dizer-te que não te esquecera, mas tu não me viste.

Carla Silva, 47 anos, Barbacena Elvas

Desafio nº 221 – imagem da passadeira

Beatriz e Tomás – desafio 23

O leitão que andava na lama todo sujo, viu uma garrafa de vinho. Tirou-lhe a rolha e foi provar. Como ele achou que a comida estava horrível, foi à cozinha e esmagou tudo com o almofariz e comeu. No dia seguinte o despertador tocou e acordou de cuecas, depois de tomar o pequeno-almoço pôs-se a dar toques com a bola de ténis. De seguida, foi andar na vespa, andou muito, passado horas encontrou um avião de papel.          

Beatriz e Tomás, 3º ano, EB nº2 Lordelo, Paredes, prof Alexandra Pinho 

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel

Matilde P – desafio 219

Certo dia, a Matilde decide e monta o cavalo. Andou tanto, até ficou tonta… 

Com a mão na rédea ela aponta caminho a seguir. 

O cavalo nunca desaponta e ela sabe que nunca a confronta. São companheiros e isso é que conta.

A menina toca com a sua ponta do pé na barriga do cavalo, pronta para cavalgar ela fica. Matilde não desconta nenhum segundo do tempo. Ela sempre conta com ajuda do pai para a desmonta

Matilde P, 10 anos, 5º ano, Externato de Penafirme, Torres Vedras

Desafio nº 219 – terminações eito, onta, ite

14/04/21

Lica – desafio 237

O relógio é a medida do tempo, o metro é a medida das coisas. As medidas que são tomadas, devem ser as medidas do bom-senso, para não haver medidas exageradas e sem retorno.

Medir é calcular os riscos para nos precavermos de medidas arriscadas. Medir com os olhos, pode não dar certo porque podemos medir mal as consequências.

A unidade padrão tem a medida certa, e embora ajude, pode ser limitativa. O melhor é ficar pelas meias-medidas.

Lica, 81 anos, Lisboa

Desafio nº 237 - medir as palavras

Reescrever o Mundo - desafio 235 e 236

A vida está superlotada de escolhas, que representamseguramentefuturo.  

Estaalastram-se por muitas direções diferentesumas vezes mais corretas, outras o oposto. Similarmente, estas tanto podem afastar-nos como unir-nos aos outros. 

As suas consequências constroem o nosso caminhopresenteando-nos, por conseguinte, com persistência, bem como arrependimento, demonstrando ligação aos valores elementares de cada indivíduo.  

Resumidamente, nenhum atalho nos transfere para qualquer nova atmosfera aonde valha ir. 

Ilustrem vosso destino... teletransportem-se até ele e desfrutem... vão! 


Partilha do projeto Reescrever o mundo

https://reescrevendoonossomundo.blogspot.com/

Desafios nº 235 e 236

Carla Silva – desafio 220

Sonhei um sonho

Sonhei que existia um lugar especial e gostava que me levasses lá. 

Um lugar onde o sorriso das crianças se confunde com as histórias dos mais velhos, um lugar onde não há cor nem credo, onde todos somos iguais.

Um lugar onde o mar tem águas cristalinas e nos campos as flores pintam a paisagem de vários tons perante o chilrear das aves e gostava que me levasses lá.

Não existe, mas existindo, gostava que me levasses lá.

Carla Silva, 47 anos, Barbacena Elvas

Desafio nº 220 – gostava que me levasses