30/11/20

Rosélia Bezerra - desafio 227

Num tempo de sonhar bonito, ainda vemos pessoas carrancudas, sem afetos ordenados, provocam o semelhante sem dó nem piedade, difamam seu próximo, afrontam com ódio no olhar.  Seria como um mandamento a seguir o cultivo da fraternidade.

Desarmar arrogantes, orgulhosos, pois a vida não passa de um sopro e todos seremos pó, nada mais. 

Oxalá olhares sejam dóceis, expressões faciais sejam amenas, indiferenças sejam minimizadas.

Seria história de vida plena, mas nem sempre tem sido. Que lástima!

Rosélia Bezerra, 65 anos, ES, Brasil

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Publicado aqui: https://www.idade-espiritual.com.br/2020/11/tempo-de-minimizar-indiferencas.html

Paula Isidoro – desafio 227

– Já viste aqueles dois?

– Quem?

– Aquele do chapéu e o dos óculos escuros. Tu estás a perceber o que se passa ali?

– Parece ser um concurso.

– Um concurso?

– Sim, um concurso!

– De quê?

– Sei lá, mas ouvi dizer que estão assim há horas.

– Assim? A olharem um para o outro? Sem se mexerem? Credo! Que capacidade...

...de concentração!

– De concentração, não! De contenção, que se estão assim há horas sem se mexerem devem ter uma bexiga enorme!

Paula Isidoro, 39 anos, Salamanca

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Rosário P. Ribeiro – desafio 227

Este homem deve ser cego, está aqui parado a olhar para mim há tanto tempo sem me ver... vou tentar chegar-me mais perto para descobrir. Sempre quero ver se me pressente. Nada, continua na mesma. Como uma estátua com óculos pretos. De repente, mexe-se e eu estremeço com o susto. Acabamos os dois as gargalhadas, apesar da dificuldade inicial para justificar estar quase em cima dele. Hoje ajudo-o a atravessar ruas; ele ajuda-me a ser menos curioso!

Rosário P. Ribeiro, 63 anos, Lisboa

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Fernanda Malhão – desafio 227

Cruzaram olhares, tiveram a impressão de serem conhecidos, fitaram-se durante uns segundos como se estivessem a procurar na memória de onde vinha aquela sensação de familiaridade, foi quando o do chapéu soltou uma gargalhada:

– Toninho caracóis, és mesmo tu?

Toninho retribui com um grande sorriso respondendo:

– Sim sou eu, mas há anos que os caracóis se foram.

Os dois abraçaram-se e ficaram por horas a recordar as incríveis aventuras vividas na infância. Uma boa amizade é intemporal!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Mariana Ramos – desafio 196

Estava um bonito dia de sol. Depois de tantos dias de chuva confinado em casa, o sol convidou-me a dar um passeio. De chapéu na cabeça, saí! O cheiro da terra ainda molhada entrou-me pelas narinas e encheu-me de boas energias! Ao virar a esquina tropecei num sujeito. Distraído, eu? Eu só estava feliz e descontraído. Mas quem atravessa a rua sem olhar? A sorte do sujeito com óculos, é que a minha bicicleta tem bons travões!

Mariana Ramos, 43 anos, Ílhavo

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Fernanda Malhão – desafio 196

Não é amor, é loucura

«Só se fosse louco», explicou o João muito ofendido. Todos nós encolhemos os ombros, ninguém quis discutir, porque sabíamos que o João já tinha já dito aquilo várias vezes. Dizia que nunca mais queria ver a Marta nem pintada de ouro, que ela não o merecia e mais uma data de frases ditas sem seriedade. Tudo mudava quando Marta se aproximava a dizer que poderiam ser bons amigos. Pois João temo em dizer que és mesmo louco!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 196 ― só se fosse louco

Chica – desafio 227

Olhares provocantes e questionadores. 

– O que foi, Maneco? O que estás pensando ser? Te achas o maioral? A vida nada te ensinou? Por acaso achas que esqueci tudo aquilo que me fizeste passar?

Tibúrcio permanecia calado, porém com o olhar, parecia querer engolir o outrora amigo.

Estavam há muito distanciados. Agora a vida os colocara juntos. 

Seriam da família, eis que seus filhos se casariam. 

Hora de baixar olhares e narizes, diferenças, torcer pela felicidade dos noivos.

Chica, 70 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Publicado aqui: https://chicabrincadepoesia.blogspot.com/2020/11/ciladas.html

Lica – desafio 227

Jogar ao “sisudo” tem sempre graça, mas com certas figuras ridículas, torna-se difícil. Se não se riem, são uns heróis!

Imaginemos um careca feio, com óculos escuros duvidoso, a olhar para um parceiro também feio, de chapéu (que não favorece ninguém…), e um ar tão aparvatado como o outro. O careca tem lábio a mais, e bem podia dar um bocadinho ao outro, que só tem um risquinho.

Como aguentam olhar um para o outro tão sérios?

Lica, 81 anos, Lisboa

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

Desafio nº 227

Uma história pode surgir de qualquer lado, até da sombra de uma de folha de papel amachucada. 

Foi assim que nasceram estas duas personagens 

que terão de entrar no vosso texto em 77 palavras


Eu escrevi assim:

Olhavam-se sem se verem. Um procurava respostas. Outro perguntava-se que recordações sobravam nos traços que lhe pareciam seus. Semblantes fechados, sem querer transparecer. Não dar sem receber. Seria alguém capaz de dar o primeiro passo? Deixar cair a máscara, encurtar a distância, quebrar o gelo. Não se tratava de dar o braço a torcer, mostrar a bandeira branca. Seria apenas baixar a guarda. O tempo não voltaria atrás, mas valeria a pena desperdiçar uma hipótese de futuro?

Isabel Peixeiro, 38 anos, Mafra

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens

29/11/20

Joana Cruz – desafio 35

Gemendo e chorando neste vale de lágrimas, Luísa queria comemorar a maioridade do filho, não tinha possibilidades.  A dor, pela impotência, abatia-a.

Ao finalizar a manhã, voltou acabrunhada – era o aniversário de quem mais amava. 

Nutria devoção inabalável por Todos os Santos, aconteceu o inacreditável: um deles, ao meio do corrimão, sorriu-lhe, pegou-lhe na mão, confortou-a e sentaram-se.

O sorriso divino iluminava tudo, e tranquilizava-a, Luísa sentiu estas palavras que a enalteceram – aqui estou, para fazer a tua vontade.

Joana Cruz, 51 anos, Coimbra

Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor

“Gemendo e chorando neste vale de lágrimas” – oração Salvé Rainha; “… aqui estou, para fazer a tua vontade.” – SALMO 40

28/11/20

Helena Rosinha – desafio 226

Os pensamentos… como fluem, para meu tormento. Ora rápidos, a sacudirem-se em marés de negrume, profundas e fartas, ora trémulos, a rastejarem, a serpentearem entre musgos e nervuras de um poço, sem fundo. Tentador. 

Reluzentes, saltitam no meio da noite, os pensamentos. E farejam, em trajectórias de rapinagem a sugar as madrugadas. Nuas. De paixão, de fé.

tempo roubou-me os sonhos. De Mulher. A narrativa persegue-me, a ferida tortura-me. Resta-me o silêncio, a mudez. O nada.

Helena Rosinha, 68 anos, Vila Franca de Xira

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Fernanda Malhão – desafio 194

Ano Velho

Como assim já passou? Este ano foi estranho. Parece apenas meio vivido. Como se estivéssemos congelados. Mas nunca será esquecido. Não pelos melhores motivos. Nossa vida mudou completamente. Ficamos isolados em casa. Tudo fechado, ruas desertas. Sem trânsito nem correrias. Passamos a usar máscaras. Gastamos litros de álcool-gel. Esgotou-se o papel higiénico. A população ficou assustada. Distanciamento social foi obrigatório. O estudo foi virtual. Passamos ao teletrabalho. As vezes penso: Não terá sido sonho? Infelizmente é realidade!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 195 ― ano velho em frases pequenas

Fernanda Malhão – desafio 194

Encontrar um equilíbrio

Estava revoltada! Tinha se levantado muito cedo, até o sol ainda dormiaPassara a manhã toda à volta de lavrar a terra. O pai queria que aprendesse essa arte. De tarde, teve mais um dever: Antónia, varre o pátio! Depois outro: tens de lavar a loiça. Gostava de ajudar os pais, mas queria fazer coisas de miúdas da sua idade! Custou levar a sua avante, quase teve de travar uma guerra, mas a mãe fora sua redentora.

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 194 – letras de árvore de Natal

Eunice de Jesus – desafio RS 11

Há um vento agreste, persistente e frio, que despenteia os corações.

Há o lamento, o enigma das nuvens, a bênção da chuva.

Há o exterior que aguarda a nossa presença, adornando-se em cores.

Há uma receção adiada, muitos afagos, muita luz e muito amor.

Há o mês do Deus Menino, em choros, esperança e desencanto.

Há uma melodia divina, onde as trombetas dos anjos semeiam perfeição.

Há teu silêncio, Senhor, um segredo em Luz, a nossa esperança.

Eunice de Jesus, 41 anos, Lisboa

Desafio RS nº 11 – 7 frases de 11 palavras, sempre com uma palavra repetida

27/11/20

Elsa Alves – desafio 153

DESEJO DE VINGANÇA

Alarmada, procurava, obstinadamente, testar evidências realistas, analisando-as... Até ponderara ousadas teorias, em redobrada angústia. Admitira palavras, ocasionalmente ternas e repensara acordos. Aceitação possível ou...teria ela razão, afinal? Agitava-se, prevendo ocasionais traições, em românticos ardores. Avidamente, prosseguira, ouvindo truncadas explicações, refinadamente arranjadas. 

Admiti-las, possivelmente, ocasionaria tolas esperanças, relançando alentos. Antes preferia ocupar terreno, envidando repetidos ataques. Atacá-lo, por onde, talvez, ele recuasse, arrependido.  Ah! Projetava ousados trilhos e rebuscadas armadilhas...

Arranjaria, preferencialmente, opção tortuosa, exigindo-lhe refinados artifícios!!!

Elsa Alves, 72 anos, Vila Franca de Xira 

Desafio nº 153 ― frases com APOTERA

Beatriz P – desafio 213

Acordei e na barra da minha cama vi uma coisa diferente, uma coisa que nunca tinha visto antes. Parecia uma cara a rir. Até achei graça e decidi perguntar a mais alguém o que parecia. Os que olhavam para aquilo, diziam que não estava lá nada. Coloquei duas hipóteses, ou era eu que estava a ver coisas, ou aquilo estava ali só para mim e mais ninguém conseguia ver. Até hoje, vejo-a como a minha melhor amiga.

Beatriz P., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Mariana L – desafio 213

Olá! Sou eu, a alma da avozinha do Sid, do filme "Idade do Gelo". Estou dentro de um brinquedo de peluche que por acaso é de uma criança resmungona. Mas felizmente ela e os pais foram de férias. Só estou eu e a empregada. Hoje é dia de me lavarem! A criança está sempre a cuspir para cima de mim. Que nojo! E outra, descansar com aquela peste é impossível! Agora vou aproveitar e dormir um bocadinho.

Mariana L.,12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Laura B – desafio 213

Olá, sou a madeira da árvore que foi cortada por um lenhador horrível! Não tem sentimentos! Ou pensa que eu não os tenho.... Pois eu também sou um ser vivo e tenho sentimentos.

Gostava de ser uma pessoa.... Pelo menos não seria cortada ou desprezada. Gostava de poder andar, falar, dançar. Aqui, ou sou cortada, ou fico sozinha na floresta, tirando quando alguns animais me vêm visitar ou quando alguns humanos bondosos se sentam à minha sombra.

Laura B., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Maria B – desafio 213

Ei, sai daí! Olá, eu sou a tua cadeira e gostava imenso que não te sentasses aqui de novo. Sofro demasiado quando te sentas aqui. Tenho de carregar esse peso todo, enfim. é difícil ser uma cadeira de madeira, carregamos com tudo durante muito tempo, fico sempre muito cansada e com dor nas costas. Fico gasta e tenho a alma cansada. Não aguento mais.

Já te disse, saí daí! Ei, tira já daí o teu rabo. Obrigada. 

Maria B., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Martim G – desafio 213

Psst! Tu aí, sou eu, o chão da tua casa, quer dizer minha casa. Tu todos os dias andas por cima de mim. Tu vais achar estranho o chão da tua casa estar a falar contigo. Tu podes chamar quem quiseres aqui a tua casa, mas deixo-te um aviso - tens de cuidar bem de mim - se não me tratares bem, eu vou expulsar-te de casa. Tu tens cuidado bem de mim, podes pôr os móveis.

Martim G., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Carolina F – desafio 213

Eu sou um E.T. de um planeta muito distante da Terra. Não tenho pais nem irmãos. Vivo solitário num planeta chamado Plutão. É um planeta pequeno, mas até me divirto sozinho, pois posso fazer mais ou menos o que quiser. Ainda bem que os humanos não conseguem vir a Plutão, porque se viessem, iam destruir este planeta como estão a fazer na Terra. Ah! Ia-me esquecendo, o meu nome é Lori. Eu gostava de ter alguém comigo…

Carolina F., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Guilherme Q – desafio 213

Existia um bebé, eu! A minha mãe a segurar-me na alma e a gritar, "Não te vás embora!". Uma roda aproxima-se com muita velocidade. As pernas estão a crescer e cada vez vou aumentando o poder da tristeza. A roda chegou ao topo da imaginação, vai-se desfazendo cada vez mais. No quarto do hospital, oiço bater à porta! TRUZ-TRUZ! Bom dia, levanta-te para a escola que já são horas! E eu a pensar. "Outra vez não, Porquê?"

Guilherme Q, 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva  

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Eduardo C – desafio 213

– Olá, eu sou a porta da tua sala de aula.   

– Olá, tu falas? – perguntei eu.                     

– Sim, estive aqui sempre a assistir às aulas – respondeu a porta.                  

– Sério? O que achas de min? – perguntei eu.                                                   

– És bom, mas tens que te concentrar mais – disse a porta.                              

Depois de ter aquela conversa muito estranha com a porta, fui logo contar aos meus colegas. Alguns acreditaram, outros não, mas não liguei, porque gostei de conversar com a porta da sala.     

Eduardo C., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Sofia N – desafio 213

Sou a madeira das árvores, aquela que lhe roubam.

Utilizam-nos para fabricarem folhas, chão, barcos...

Produzimos oxigénio, ajudamos na existência dos humanos e ainda nos cortam!

Somos quem dá beleza às paisagens. Somos uma mistura de diversos castanhos. Plantam-me ainda em semente e ao longo do tempo vou crescendo. Sou eternamente grata a quem me semeou e me foi regando até hoje.

Uma paisagem repleta de árvores fica perfeita. O facto de ser essencial deixa-me muito orgulhosa.

Sofia N.,12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva  

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Sara G – desafio 213

Olá, sou eu, o chão do teu quarto.

Carrego todos os dias o peso dos móveis do teu quarto e tu pisas-me todos os dias. Tenho que te pedir para não me desprezares, mas se te cansares de mim, podes mudar o chão, pois eu não posso fazer nada para não me mudares. Eu não mando em ti. Se tu me desprezares, eu estrago-me mais depressa e parto-me mais rapidamente e assim tens mesmo de me trocar.

Sara G., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva     

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Margarida F – desafio 213

Olá, sim, sou eu, a madeira da tua sala de aula. Sim, aquela que tu pisas todos os dias menos sábado e domingo, sou pisada por todos os professores e pelos alunos, também sou aquela madeira à volta do quadro da tua sala e à volta do quadro de pioneses atrás de ti, e aquela que a tua prima tem nos móveis, onde guarda os seus livros, e no roupeiro. Quando precisares é só chamar-me. Adeus amigo.

Margarida F., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva    

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Sónia R – desafio 213

Bom dia, sei que sou estranha, pois é, sou uma gaivota. Neste momento, vocês provavelmente estarão a perguntar onde é que está a gaivota.

Eu estou presa neste tronco de madeira, só sei que estava a andar e preguei uma grande cabeçada e entrei dentro da madeira.

É engraçado estar dentro disto, é mais quente do que estar no fogo.

Para ser sincera quero ficar aqui bem quentinha, mas gostava de ter alguém comigo para poder brincar.

Sónia R., 13 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva   
Desafio nº 213 – imagem de madeira

Rodrigo P – desafio 213

Sou o teu apoio,
sou o que te segura,
posso ser clara ou branca,
mas neste caso sou escura


Estou em todo o lado,
em todo o lado estarei,
posso servir para segurar,
mas nunca pensarei

Sirvo para tudo.
Tudo e mais alguma coisa,
não sou tão rija
Mas também sirvo de loiça

Muitas vezes espetam-me pregos
e isso muito dói,
mas um martelo feito de mim
até os coentros mói!


Quem sou eu? Para que servirei?

Rodrigo P., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva    
Desafio nº 213 – imagem de madeira

Alexandre T – desafio 213

Olá, eu sou a árvore com cara.  Gostava de te dizer que consigo estar na tua mente. Ouvi dizer que és um bom rapaz, que tratas muito bem a natureza à tua volta e que adoras os animais. És tu que tens um corvo como o teu melhor amigo.

Tu vais ter uma vida muito saudável e com muitos amigos.

Sempre que quiseres falar com a tua amiga árvore sorridente, diz. Adorei conhecer-te e quero ver-te novamente.

Alexandre T., 12 anos, 7ºano, AE de Alandroal, profs Cristina Lourenço e Vera Saraiva  

Desafio nº 213 – imagem de madeira

Fernanda Malhão – desafio 193

Utopia?

Não seria tão fantástico se todos nós pudéssemos trabalhar em algo que nos apaixone? Quando estamos encantados com o que estamos a fazer, as tarefas são realizadas de maneira mais leve, com mais produtividade e questões como horáriosremuneraçãoavaliações de desempenho deixam de ter o mesmo pesoOs chefes, deveriam ter não só a missão de organizar, de liderar equipas, mas também de as motivar, fazer com que pessoas descubram e utilizem os seus talentos. Concordam?

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 193 ― área vocabular de trabalho

Sueli Dobón – 223

A matemática do amor pode ser complicada, já que muitos fatores são abstratos e dependem de algumas variáveis. As trocas de olhares podem somar e nos trazer esperanças, já as ausências diminuem as expectativas, e se tornam incógnitas que geram sofrimento. O tempo pode ser um fator negativo também, já que muitas vezes temos que nos dividir entre tantos afazeres e acabamos por ficar distantes. Por isso, o bom mesmo seria se só pudéssemos multiplicar momentos felizes.
Sueli Dobón, 57 anos, São Paulo/SP - Brasil
Desafio nº 223 – conceitos matemáticos

26/11/20

Theo De Bakkere – desafio 226

Não-sei-quê

Puxa! Futebol tem de reunir não separar.

Embora o Mário negue aquelas provocações ferozes dos terríveis rufiões que só se sabem manifestar como não-sei-quê, peões de fúria! Trocistas que repetiriam com pouco subtileza estas malsoantes e nojentas palavras.

Os fãs tentavam de retrair-se do sarilho porque, uma só manobra nefasta provocaria na tribuna uma rixa sangrenta. O Mário, bastante nervoso e em pânico pelo facto de ter de receber socos dos marginais e murros numéricos da polícia.

Theo De Bakkere, 69 anos, Antuérpia, Bélgica

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Mais textos aqui: http://blog.seniorennet.be/lisboa


Fernanda Malhão – desafio 192

Gaivotas em Pedra

Na visita à ilha, vimos nas rochas junto ao mar gaivotas esculpidas em pedra. O guia explicou-nos que há centenas de anos o povo habitante daquela ilha considerava a gaivota um animal sagrado. Segundo a crença, as gaivotas mantinham perfeita a separação entre terra e mar. As estátuas eram um altar e impediriam que o mar entrasse ilha adentro destruindo as casas da população. Curioso é que o mar nunca passou dali nem nos dias de tempestade!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 192 ― gaivotas em pedra

Natalina Marques – desafio 226

Patrício Feiteira, tímido, fogoso, robusto saudável moço do Norte, preparava formaturas, temporais, na região do Sul motivado pela natureza. Preconceituoso e fútil, temia o rigor subtil de Maria, sua noiva. Partiu para França tentando reatar sentimentos mantidos em negação. Principalmente, fugia da temerosa raivosa Sofia, que omimava nas costas da namorada.

Procurou fugazmente terminar o romance salvar o amor de Maria Natércia. 

A princípio, ficou temeroso, mas refugiou-se no solar da marquesa Noémia.

Natalina Marques, 61 anos, Palmela

Desafio nº 226 - PFTRSMN

25/11/20

Ana – desafio 223

Se as percebesse...

probabilidade de me dizer sim, esta noite, não é um acontecimento nulo. Vi-a olhar para mim, pelo menos dois segundos, pelo vértice do olho, enquanto conversava com aquela amostra de gente, o obtuso do Carlos. Eu, rapaz acima da média, sempre na moda, e ela ali, perdida com o aberrante. Imagino-o a entediá-la com as suas ideias primitivas e a ela, desejosa de virar 180ºC e me vir dizer sim.

Se as percebesse, teria melhor resultado.

Ana, 41 anos, Mealhada

Desafio nº 223 – conceitos matemáticos

Maria Silvéria dos Mártires – desafio 190

Josefa 

Tinha um ar juvenil, rosto de uma beleza irradiando alegria e júbilo. Doce e sorridente, bondade do seu olhar jorrando. Beliscava-a inveja e mentira. Justa nas suas apreciações. Conquistava as pessoas, batia e atirava as joias bebia café com leite. Jogava ténis, e pingue-pongue balouçava-se na rede do jardim, a sua diversão bucólica. Jardineira nas horas vagas. Busto parecendo uma estátua jurava a si mesma, bordar encantadoras lindas flores jarras repletas de cravos belos antúrios rosas, jasmim.

Maria Silvéria dos Mártires, Lisboa 

Desafio nº 190 ― de 3 em 3, B ou J

Fernanda Malhão – desafio 191

«Perdida por cem, perdida por mil!»

Cristina não conseguia ser disciplinada em nada na vida, se começava uma dieta, no segundo dia já estava a cometer deslizes. Se a meta era ir a o ginásio, logo começava a inventar desculpas para não ir. Todos os cursos que começava ficavam por acabar. O grande mal é que Cristina levava a sério demais aquela famosa frase “Perdida por cem, perdida por mil” E depois de se perder por mil, era mais difícil retomar aos objetivos.

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar  

Desafio nº 191 ― perdido por cem, perdido por mil

24/11/20

Toninho – desafio 226

Se Petrônio fosse um toureiro, reagiria com sabedora maestria como Naldinho, professor famoso de tourada reconhecido senhor madrileno notável. Petrônio fingiu-se toureiro recebendo sanguíneo manto novíssimo. A porteira fez tremendo rangido soltando o miserável boi negro. A plateia ficou tensa respiração sôfrega muda nervosa. Com proeza fabulosa tirou com segurança o machado de nióbio. Partiu furioso para o touro, que reagiu severamente mordendo suas nádegas.  Petrônio de fundilhos totalmente rasgado, sentiu pela manobra nefasta dolorida chifrada certeira.

Toninho, 64 anos, Salvador-Bahia, Brasil

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Publicado em mineirinho-passaredo.

Fernanda Malhão – desafio 190

A tetracampeã

Jojo era uma mulher bastante requintada. Usava sempre joias exclusivas. Não era jovem, mas continuava bela. Frequentemente aparecia no jornal, nos eventos de beneficência. Tinha um belo jaguar. Destacava-se por ser bilingue, casou-se com um juiz, foram para o Brasil. A partir daí, juntos construíram uma família bonita. Tiveram 4 filhos,  tinham dois, a brincar engravidou dos gêmeos. Julgou morrer de cansaço. Barulho não faltava ali. Jamais teve tempo para bailes! Nem um simples jantar romântico.

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 190 ― de 3 em 3, B ou J

Elsa Alves – desafio 151

“Gostas de creme de espargos?" E ele percebia: "Os teus sapatos estão largos?" "Que lindo capote, bordado a missanga." Para ele era: "Queres umas calças de ganga?" Tinham sido estas confusões, toda a vida. Até que... alguém sugeriu que usasse um funil encostado ao ouvido. Que ajuda preciosa! Virou-se uma página na sua vida. Trepando nos ramos das árvores até conseguia conversar com os passarinhos...

Elsa Alves, 72 anos, Vila Franca de Xira

Desafio nº 151 ― palavras com 

23/11/20

Rosário P. Ribeiro – desafio 226

Porfírio Fazia Tudo para a Resguardar Sem Mudar a Natureza

Protegendo-a do Frio, Tentando Recobrir nas Mãos.

Nunca Parecia Farto. Todo este Ritual de a Servir Merecia-lhe

Numerosas Promessas:  Floresceria a Tempo, os Raios de

Sol Mitigariam a Noite Passada e a Fúria da

Trovoada Repentina Sumiria com a Manhã a Nascer.

Prevendo isso, Fervilhava de Ternura Rindo e Sorrindo à Magnólia sem Nuvens,

Procurando a Felicidade em Tudo e Redescobrindo o Segredo do Mundo onde Nascera.

Uma pinderiquice.

Rosário P. Ribeiro, 62 anos, Lisboa

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Rafael C – desafio 1

Na capoeira eu vou viver

Com a minha pena de galinha,

E vai ser até morrer!

 

Vai ser muito divertido,

Podem contar com o meu sorriso!

Mas o dono é um pouco extrovertido…

 

Espero que não tenha cigarro,

Senão vai pegar fogo!

Socorro! Eu morro!

 

Que grande aflição,

Vamos todos morrer!

Eu vou fugir por prevenção!

 

E se eu vir,

Estou um pouco pensativo!

Ele vai depenar-me, tal como ao pato.

 

Que aflição,

Vou morrer.

Que irritação!

Rafael C, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

Fernanda Malhão – desafio 189

Medo

Tens medo? Eu não tenho medo, nunca tive medo! A minha irmã morre de medo de baratas, meu irmão tem medo de que descubram suas faltas. Medo também tem meu avô, medo de perder carta de condução. O medo da avó: a condução do avô. Os medos dos pais são: medo de não conseguirem pagar contas, medo de seguirmos por maus caminhos. Medos para todos os gostos! Quanto mais atenção damos ao medo, mais o medo cresce!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 189 ― muito medo…

Sofia B – desafio 1

Era uma vez uma gaivota que perdeu uma pena, ela ficou triste, mas os amigos ajudaram a animá-la para ficar com um sorriso.

Passado muito tempo, o homem pegou fogo à floresta onde a gaivota vivia. Todos fugiram.

A gaivota e os seus amigos foram buscar água para apagar o fogo, mas eram poucos para isso.

Foram pedir a outros animais para os ajudarem. Ainda assim eram poucos, mas juntos conseguiram e ficaram muito felizes, a cantar.

Sofia B, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

Tiago C – desafio 1

O Sol é uma bola de fogo gigante, uma estrela, a maior que conheço. Ninguém consegue viver ali, exceto um ser vivo chamado Totoví, que é um alienígena feito de penas, sempre de sorriso na cara. Ele brinca muito feliz. Só uma coisa o deixa triste: estar sempre sozinho. Não tem nenhuma família.

Entretanto, aparece-lhe uma amiga chamada Fifi. Ela é feita de algodão doce e brincam sempre felizes e juntos.

Agora, Totoví é para sempre feliz! 

Tiago C, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

Leonor M – desafio 1

Eu sou a Leonor, uma menina cheia de surpresas. Dizem que tenho umas bochechinhas fofas, um sorriso bonito e dizem que sou divertida.

Tenho uma pena que este bicho mau exista, o Covid-19. Por causa do covid não nos podemos abraçar nem fazer aquelas brincadeiras que tínhamos. Só me apetecia pegar fogo a este bicho. mas infelizmente vamos ter de viver assim durante algum tempo.

Enfim, temos de nos pôr a sorrir e pensar em coisas positivas. 

Leonor M, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

Helena Rosinha – desafio 225

Raízes

Um lugarejo nas franjas da serra, as pessoas, a cor das searas, a tonalidade única do sol poente – as raízes! De que me orgulho. Que me traem.

A timidez, o jeito de falar, destoam na cidade maquilhada, esbarram nas nuances de cinismo (refinado) das colegas. Cortar os laços? Impensável. Até porque ficariam sempre umas pontas, extensões de berço, cunho da minha pertença. 

Riam-se! É-me indiferente. Mas, atenção, se me pisam os calos, aí estala o verniz todo!

Helena Rosinha, 68 anos, Vila Franca de Xira

Desafio nº 225 – vocabulário estética e cabeleireiros

21/11/20

Verena Niederberger – desafio 226

O Paulo flertava, tagarelava demais com a Rita

A Sonia, mantinha a normalidade.

Paulo fazia a corte.

Tratava, bem demais, Rita seduzindo, mimando como namorada

Pombinhos, sempre felizes e tranquilos, rindo sem a menor noção.

Passeios, festas, tentadoras reuniões e para Sonia mais nada...

Paixão feroz tinha por Rita sensacional, mulher notável.

Paciência faltava total para Rita sonhadora, meiga e nobre.

Pensamento ficava tenso mas Rita sabia mitigar, neutralizar.

Paulo favorecia tanto Rita que não sentia medo.

Verena Niederberger, 69 anos, Rio de Janeiro, Brasil

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Publicado aqui: https://interagindocomosbichinhos.blogspot.com/2020/11/historias-em-77-palavras_21.html

Leonor S – desafio 216

Certo dia houve um desaparecimento: Will foi brincar com os amigos e desapareceu.

Descobriu-se que a 011 (a filha adotiva do Polícia) era a única que conseguia descobrir Will, mas entraria em coma por pouco tempo embora não morresse.

A mãe do Will, que era casada com o polícia, disse:

– Tive uma ideia: e que tal se a 011 procurasse o Will no submundo?

Todos concordaram.

Passados cinco meses ela tinha acordado e o Will aparecido.

Leonor S, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 216 – Tive uma ideia!

Maria S – desafio 216

Tive uma ideia. E que tal se inventássemos guarda-chuvas mini para cãezinhos?

Porque se estiver a chover amarramos o guarda-chuva à trela do cão e assim fica pronto!

Sempre que está a chover vejo pessoas na rua com guarda-chuvas e o cão que estão a passear vai à chuva, tadinho!

Assim, se o inventarmos, já não haverá esse problema!

Compramos um suporte moldável pequenino, também compramos panos ou capas à prova de água, junta-se tudo e pronto!

Maria S, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 216 – Tive uma ideia!

Fernanda Malhão – desafio 188

E se pudesse voltar atrás?

A qualquer momento pode acontecer algo que não esperamos. Naquele dia, João discutiu gravemente com seus pais, insultou-os e a bateu a porta com força. Pouco depois, na sua cidade sentiu-se um forte tremor de terra, Depois do inicial pico de medo, do torpor sentido no seu corpo e mente, João correu a toda a velocidade em direção a casa de seus pais, a casa estava em ruínas, e seus pais estavam debaixo de todo aquele cimento.

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 188 ― sílabas de estremecimento

Fernanda Malhão – desafio 187

Um pastor dos modernos

– Ó Joselino compadre, garanto-lhe não há coisa melhor! Depois que instalei o sistema de gps nas minhas ovelhas durmo cá cada soneca!

– Eu não gosto dessas modernices! E como é que fazes isso?

– Simples quando elas se afastam mais de 20 m do aparelho que levo no bolso, o chip na orelha delas emite um som que as inibe de avançar.

– Ainda vais por as bichas loucas com isso! Não me convences!

– Compadre, temos de nos modernizar!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 187 ― Joselino e a proposta

Maria Silvéria dos Mártires – desafio 226

Ela estava Profundamente Feliz, isso Transparecia no seu Rosto, Maravilhoso e Sublime. 

Nomeadamente os Peregrinos Familiarizados com Tamanha Romaria seguiam em Silêncio.

Num Múrmuro Natalício Proclamavam Firmemente por Terços e Rosários que Simbolizavam a Misericórdia de Nosso Senhor. Com grande Profundidade Testemunhavam com Religiosidade Santuários Magistrais e Nomenclaturas Proféticas que eram Testemunhos de Relicários Sumptuosos de uma Magnificência Notável. Em Portugal a Fidelidade Teológica Ressurgia e Suplantava Movimentos Nostálgicos pois era Pura Felicidade não Tentava Rodear-se de Snobismo. 

Maria Silvéria dos Mártires, Lisboa 

Desafio nº 226 - PFTRSMN

20/11/20

Lica – desafio 226

A palavra fantasia, traz raios de sol à minha natureza. Preciso dessa força tranquila que rasga sonhos para mundos novos. Paisagens fantasma transmitem a rareza silenciosa de madrugadas nevoentas como uma parede fumegante, uma teia repetida sombriamente no mistério do nada.

Passear feliz, como o tambor a ritmar o sabor do minuto que nasce, a paz que fascina, e nos transporta para a raiz da sabedoria da metamorfose natural, papoila, flor, ternura, reconhecimento, segurança – melodia de novo!

Lica, 81 anos, Lisboa

Desafio nº 226 – PFTRSMN

Fernanda Malhão – desafio 226

O papagaio que pagou o pato

Aquele papagaio falava tanto que lá na rua sabiam-se muitas novidadespartilhava-as facilmentetagarelando-as rapidamenteSarilhos mais nada! O papagaio falador teve de retirar-sesafando-se assim de mal-entendidosNaturalmente, só palrava as frases que lhe transmitiam, repetindo-as sem a menor noção. Era apenas um papagaio, fazia sua tarefa: repetia sem moderação! Ninguém podia fustigá-lo! Tenho ou não razão? Somente menosprezaram-no, negligenciando seu potencial. Francamente, tenham razoabilidade, sejam maleáveis! Nada de punições! Vocês foram também responsáveisSabiam?!

Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Chica – desafio 226

A paciência de Pedro faltava tanto que resolveu soltar muitos nomes.

Porém fato é, todos revoltados: Sem máscara, Não!

Na padaria, fila todos raivosos saíram, menos Nanci.

Parecia fazer-se de tonta. Reafirmava sua mesquinha negação.

Pois então, formou-se tamanho rebuliço e ela sem muita noção.

Padeiro ficou tremendamente raivoso e socou massa nela. 

Preocupou-se ficasse totalmente recoberta. Só massa nela!

Parece forrobodó teve resultado, sua máscara nascia!

Pedro farinhou todo rosto. Eis a sua máscara nova, Nanci! 

Chica, 70 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 

Desafio nº 226 - PFTRSMN

Publicado aqui: https://chicabrincadepoesia.blogspot.com/2020/11/forrobodo-na-padaria.html